Oferecer fidelidade significa viver com confiança e honestidade.
Não é uma característica apenas de relacionamentos amorosos, embora, seja a primeira associação que façamos.
Ser fiel tem a ver com posicionamento, cumprir com os acordos e regras, que foram mutuamente aceitos, quero dizer, aceitos deliberadamente. Não é possível ser fiel a um estilo de vida que você não quer, por isso, é devido concordar apenas com aquilo que está disposto a administrar ou será capaz de dar conta.
Ser traído é sentir-se logrado, desapontado, profundamente incapaz e confuso. Questionamos a identidade do outro, da relação e de nós mesmos. Afinal, o que houve com a conexão que pensávamos existir? Será tudo distorção da percepção da realidade?
A confiança é dilacerada. Passamos a ter contato com emoções amargas: medo, fúria, vingança e autocomiseração.
A instabilidade e insegurança tomam conta. Oscila-se entre a vontade de preservar a relação ou punir o parceiro. Remoer a dor de ter sido substituído, sofrer, imaginando que a pessoa que você ama, direcionou para a outro, o toque, carinho, atenção e desejo. Rompe-se a expectativa de ser único e especial.
Você precisará lidar com essa avalanche de sentimentos se quiser superar esse evento, seja para reencontrar-se nessa relação ou decidir por uma separação.
A experiência da infidelidade pode ser o fim do casamento, ou ainda, por mais vil e inadequada que pareça ser, pode ser vivenciada, como a porta de entrada para um recomeço, um novo contrato.
A parte que traiu, ao ser descoberta, pode ser levada a examinar-se, repensar a relação, observar com atenção seu comportamento infiel - aventura, diversidade ou "deslize"- o que o motivou a isso e qual padrão de relacionamento o faz mais feliz e é mais aderente ao estilo de vida que deseja ter:
Seguir solteiro e usufruir de relações sem compromisso;
Dar um novo significado a relação e ao conceito de fidelidade, enxergando valores, benefícios, investindo para que essa relação seja satisfatória;
Manter uma conduta infiel e correr o risco de perder a relação.
Para a parte traída é preciso tempo para que a raiva seja "esvaziada", pois não contribuirá em nada, ao contrário, esse é um sentimento que se retroalimenta, quanto mais lembrar do ocorrido, mais estará preso a ele.
Fazer o exercício de retirar o foco do problema, interpretar esse momento como uma oportunidade a ponderar, refletir sobre seu investimento nesta relação e questionar se o seu posicionamento está compatível com o que deseja receber.
A maior dificuldade para os dois será reconquistar a confiança, caso isso não aconteça não haverá continuidade. Isso exigirá das partes, abundante paciência e disposição.
Construir uma nova aliança, só é possível, quando há um despertar interno, desejo em permanecer, empenhando-se na transparência e profundo interesse pelo outro.
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Amanda Amarante.
Psicóloga CRP-08/11100